Grandes eventos esportivos a nível nacional e internacional contam com soluções securitárias personalizadas para repor perdas financeiras em razão da não realização do evento por variados motivos.
O All England Lawn Tennis Club, entidade que organiza anualmente o tradicional e prestigiado torneio de Wimbledon, anunciou nessa semana o cancelamento do evento pelos riscos trazidos pela pandemia do novo coronavírus, uma decisão que só havia sido tomada nos períodos das duas grandes guerras até então.
Em 2003, a organização se mostrou preocupada com os desdobramentos financeiros da então Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que atingiu um contingente de 8 mil pessoas no mundo na época.
Com isso, tratou de promover naquele mesmo ano uma atualização em seu programa de seguro, solicitando a extensão da cobertura de cancelamento de eventos para situações de epidemias e pandemias declaradas por autoridade competente.
Hoje, diante da pandemia do novo coronavírus e a decisão da organização com base na situação, foi acionado o seguro.
Periódicos ingleses informam que a indenização a ser paga à organização chega ao montante de cerca de 100 milhões de libras (aproximadamente 656 milhões de reais), atenuando os prejuízos causados e o lucro cessante.
Um fato curioso é que Wimbledon é o único grand slam do calendário do tênis profissional que conta com um seguro dessa abrangência.
Roland Garros, outro evento do circuito organizado pela Federação Francesa de Tênis, está evitando o cancelamento e estipulou uma data alternativa em Setembro, já que suas perdas não estarão garantidas em caso de não realização do torneio.