Dentro de uma grande cidade como São Paulo, existem inúmeros cabeleireiros.
O ramo de negócio teve um crescimento astronômico nos últimos anos, além da necessidade de salões já existentes se reinventarem com as novas tendências para se manterem competitivos.
Hoje tem barbearia com cerveja, camisas retrô de futebol, com um bar agregado e várias outras coisas. Já vi até com espaço específico para curso de formação de novos cabeleireiros.
No entanto, sempre opto por cortar meu cabelo em um determinado lugar do bairro onde moro. Mesmo sendo no meu bairro, não é tão perto, mas vou lá mesmo assim.
Meu cabelo não é lá muito versátil. Só fica bom com um corte militar básico com máquina. Do contrário, encrespa e fica com um aspecto ressecado. Passo a lâmina n° 2 ou 3, a depender da minha preferência do dia. Prefiro pela praticidade de não ter que ficar arrumando pra começar o dia, além de manter a cabeça muito mais arejada em dias quentes.
O serviço é muito simples. É só passar a máquina, fazer pequenos ajustes com uma mini tesoura e lâmina e pronto. Não dura mais do que 15 ou 20 minutos.
Alguém poderia classificar os valores cobrados por eles como caros ou não tão baratos assim.
Eu poderia muito bem escolher trocá-los por alguém que oferte um serviço mais barato ou mais perto de onde moro.
Mas não.
Sei que eles não vão desnivelar meu cabelo, não vão cortar minha orelha com uma lâmina e muito menos irritar meu couro cabeludo com algum produto de qualidade duvidosa.
Opto por permanecer com eles, pela qualidade do serviço prestado. Pelo empenho e dedicação que eles tiveram durante um bom tempo para aprender e aprimorar as técnicas e assim entregar um serviço elogiável.
Mas principalmente pela relação de confiança. E acredito que não há preço para isso.
Por uma cultura de valorização do trabalho alheio através da fidelidade, num mundo com tanta gente que vai pro concorrente para fazer uma economia pouco inteligente ou mesmo por algo banal que nem deveria ser tomado como critério.