Com a crescente automação dos processos e das tarefas, há uma intensa discussão em torno do atual e futuro papel do profissional que possui como função precípua fazer o gerenciamento da cadeia de suprimentos de um negócio.
Existe uma vertente que afirma que essa posição não terá mais razão para existir pela atuação e predominância da inteligência artificial nesse campo, enquanto outra defende o ponto de que essa posição continuará existindo, porém com mudanças radicais nas atribuições intelectuais necessárias e no processo de capacitação desse tipo de profissional do setor logístico.
No dia 15 desse mês, a Harvard Business Review, periódico associado à Harvard Business School, publicou o artigo ‘The Death of Supply Chain Management‘, que fala exatamente sobre essa importante temática.
Em um determinado ponto, o artigo aborda a quase compulsória reinvenção dos profissionais da área para que eles continuem presentes no mercado em meio à essa inevitável onda de tecnologia. Mais precisamente, dois pontos que ao meu ver são os principais:
- A necessidade que executivos de cadeia de suprimentos possuem de mudar o foco. Eles devem deixar de gerenciar pessoas na realização de tarefas repetitivas e transacionais e passar a concentrar seus esforços para desenvolver e manusear informações e fluxos de materiais com um número limitado de profissionais altamente especializados e;
- A preferência que o mercado terá por analistas de cadeia de suprimentos que dominem a habilidade de analisar, estruturar e validar dados, assim como a execução de tarefas que envolvem o uso de ferramentas digitais e algoritmos e prognósticos de demandas (o famoso forecast, extremamente requisitado no cotidiano das empresas).
Link para acesso ao artigo na íntegra (em inglês):
https://hbr.org/2018/06/the-death-of-supply-chain-management