Poderia ser essa uma solução para o mercado de proteção veicular?

É de conhecimento do mercado segurador que muitos proprietários de automóveis estão fazendo adesão a um produto chamado “proteção veicular”.

Como sabemos, esse tipo de produto não pode receber a classificação de seguro, já que não possui registro na SUSEP, órgão máximo de seguros no Brasil.

É comum vermos discussões que rendem muitas polêmicas nos círculos securitários a respeito desse mercado paralelo, tendo em vista que a sua proliferação certamente impacta a demanda pelo tradicional seguro Auto.

Muitos defendem o combate a esse tipo de produto, alegando ser algo irregular e prejudicial ao mercado segurador.

Mas depois de pensar bastante sobre esse tema, me questionei: será que não seria mais interessante se a SUSEP trouxesse esse mercado que hoje opera em uma terreno nebuloso para o mercado supervisionado?

Trazendo as entidades do mercado de proteção veicular para o mercado supervisionado, poderiam ser estabelecidas diretrizes que devem ser seguidas por elas para poderem operar, como a apresentação periódica de relatórios de provisões, sinistralidade, nomeação e pareceres de responsáveis técnicos, entre outras exigências de natureza contábil e técnica.

Para evitar uma relação conflitante com as seguradoras, poderiam ser implantados limites claros de atuação no mercado, bem como a criação de uma nova nomenclatura de entidade participante do mesmo.

O mercado poderia ser fortalecido pela entrada de novos players, o consumidor beneficiado pelo aumento da concorrência e o corretor de seguros, que certamente continuaria presente na relação comercial, dotado de mais opções para oferecer ao consumidor.

Não tenho certeza da viabilidade jurídica de tal medida, mas creio que a SUSEP poderia pensar em uma alternativa nesse sentido para resolver esse impasse.