É visível que o conceito de sustentabilidade vem sendo cada vez mais reforçado dentro dos círculos empresariais. Entre as várias razões para isso, creio que as principais sejam a preocupação com a preservação dos recursos à disposição e a transmissão de uma imagem empresarial que seja positiva para os negócios de maneira geral.
Quando se fala nesse conceito, automaticamente vem à tona as questões relacionadas ao uso do papel dentro das empresas. É comum vermos, dentro delas, a implantação de medidas que visam a redução do consumo do material ou até mesmo a sua eliminação por completo do cotidiano.
O envio de correspondências está se tornando coisa do passado para muitas empresas, pois as mesmas viram o custo significativo que o processo envolve e a pouca efetividade comunicativa, assim como a dificuldade de mensurar a sua eficiência.
Em outras palavras, há uma clara tendência de digitalização dos processos.
É bem verdade que muitos não deixam para trás o velho papel. Pessoas que viveram a maior parte de suas vidas em uma era pré-informatizada tendem a ter esse tipo de comportamento, por não ter familiaridade com a tecnologia ou por algum receio particular. Eu mesmo tive um superior que detestava visualizar informações de vendas na tela do computador. Na sua rotina, sempre pedia relatórios periódicos impressos para ler e deixar arquivado na sua pasta para consulta posterior.
No mercado segurador, a burocracia é e sempre foi algo onipresente, seja no sentido positivo ou negativo do termo.
No entanto, mesmo com a possibilidade de enviar e realizar praticamente tudo através de um computador, é comum a impressão frequente de relatórios, propostas e apólices. É quase que automático. Às vezes o impresso nem terá alguma utilidade prática, mas mesmo assim, pela força do hábito, nós clicamos em ‘Imprimir’.
O que é que nos motiva a fazer isso? Para não ficar com peso na consciência por não ter a via física de um documento? Talvez.
Será que a histórica natureza burocrática do mercado segurador contribui para isso?
E você? Acha que o mercado segurador é ainda muito apegado ao papel? E se comparado com outros mercados?