Sem a menor sombra de dúvida, a corretagem de seguros é uma das atividades mais importantes no âmbito do mercado segurador.
No entanto, já vi pessoas questionarem o motivo da existência da atividade, especialmente nesses tempos em que novos métodos de comercialização de seguros ganham força.
Afinal, por que as próprias seguradoras não ficam encarregadas de angariar contratos de seguro sem a presença de um terceiro na intermediação? Não seria algo viável?
Não. Por quê?
A justificativa que me parece mais apropriada é a necessidade de uma figura intermediadora que:
- traduza para uma linguagem simples as questões dos contratos para o público consumidor de seguros e;
- fique responsável por realizar a defesa dos interesses seguráveis do estipulante frente aos interesses econômicos da companhia seguradora (a verdadeira e real missão do corretor, ao contrário da falsa tese que afirma que o corretor de seguros é representante de vendas das seguradoras).
Além disso, ele evita que haja um cenário onde as companhias possam se aproveitar da falta ou ausência de conhecimento do estipulante do seguro para atender seus objetivos comerciais.
Há também uma questão de interesse das seguradoras. Se a profissão de corretor de seguros acabasse de um dia para o outro, as seguradoras perderiam uma força de vendas sem custo fixo para elas, com remuneração proporcional à produtividade e não geradora de passivos trabalhistas.
Teriam também que investir em equipes comerciais próprias para suprir essa hipotética ausência do corretor, aumentando seus custos com pessoal, algo que não seria visto com bons olhos pelas companhias.
Façamos ainda uma analogia com a área jurídica.
Se você pretende fazer algo que envolva essa esfera, precisará ser auxiliado e representado por um advogado devidamente credenciado.
Porque o advogado é um profissional capacitado para intermediar sua relação com a Justiça e que sabe das questões complexas do Direito que escapam do conhecimento do cidadão comum.
Portanto, quando estiver lidando com um corretor de seguros, veja-o como seu “advogado de seguros”.
É um profissional que obteve sua certificação depois de passar por árduos estudos e que, de forma injusta, muitas vezes não recebe o reconhecimento que merece.