O mercado segurador brasileiro precisa discutir mais a respeito dos riscos cibernéticos

Com certa frequência, tenho o hábito de ler o que se passa no mercado segurador estrangeiro. Minha fonte favorita tem sido, até esse momento, a Insurance Business Magazine, veículo que traz as informações mais relevantes dos mercados norte-americano, britânico e asiático de forma bem resumida.

No periódico, vejo quase sempre menções aos riscos cibernéticos e as medidas que o mercado segurador global deverá tomar no futuro para aumentar sua gama de produtos direcionados a esse risco e refinar a qualidade securitária dos mesmos, além de assegurar a adoção de boas práticas a respeito dos aspectos legais dos contratos.

O tema vem ganhando espaço a nível mundial após recentes ataques à uma série de organizações, que amargaram perdas financeiras e, em alguns casos, foram levadas aos tribunais em virtude de negligências comprovadas na esfera de segurança de informações de terceiros.

Posso estar com uma visão errada, mas tenho a sensação de que ao comparar o volume brasileiro de discussões sobre o tema com o do exterior, a diferença é considerável.

A experiência sobre o risco

É consenso que um fator determinante para o mercado ofertar produtos apropriados é a sua experiência sobre os riscos.

Se uma seguradora tem à sua disposição uma base volumosa de conhecimento em relação a um determinado risco, é propenso que a mesma consiga oferecer, de forma constante, soluções securitárias que atendam demandas existentes e, ao mesmo tempo, seus objetivos financeiros e comerciais.

Sendo o risco cibernético algo relativamente inédito se comparado aos riscos tradicionais, é evidente a existência de um desafio para o mercado.

Mensuração de impacto dos ataques

Acredito que o tópico mais relevante para o mercado segurador sobre os ataques cibernéticos seja a mensuração de seus possíveis impactos financeiros em organizações.

A mensuração do impacto de um evento ligado a um risco é um item importante para, por exemplo, a criação de modelos de precificação e definição de cláusulas contratuais que versam sobre obrigações do segurado e da companhia, além de seus respectivos limites de responsabilidade.

Dado esse cenário, o mercado, para evoluir nessa questão, deve ter um posicionamento voltado à aquisição constante de conhecimentos sobre o risco cibernético através de trabalhos conjuntos com empresas de TI com foco em segurança da informação, que podem fornecer a sua expertise à serviço da seguridade.

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